As forças de segurança sírias realizaram novas prisões nesta segunda-feira, e deram um prazo de 15 dias às pessoas que cometeram "atos contrários à lei" para apresentarem sua rendição, sem impedir que a oposição convocasse novos protestos de solidariedade à cidade sitiada de Deraa. As forças de segurança entraram ao amanhecer na localidade de Kafar Nubol, 320 km ao norte de Damasco, onde revistaram centenas de casas e prenderam 26 pessoas, indicou o site opositor "Syrian Revolution 2011".
Quase dois meses após o início do movimento de protesto, as manifestações mantêm seu vigor apesar da repressão que já provocou centenas de mortos.
Desde o início das manifestações, o regime acusa "quadrilhas criminosas armadas" e "grupos terroristas" pela violência na Síria. O ministério do Interior intimou os "cidadãos que cometeram atos contrários à lei, como portar armas, atentar contra a segurança ou propagar informações enganosas, que se rendam até o dia 15 de maio e entreguem suas armas às autoridades competentes".
Além disso, o ministério pediu à população síria "que entregue informações sobre os sabotadores, os terroristas e os esconderijos de armas", indicando que, neste caso, os denunciantes "não serão punidos nem julgados". Apesar disso, o site "Syrian Revolution 2011" convocou uma mobilização em todo o país todos os dias ao meio-dia, em solidariedade a Deraa e todas as "cidades sitiadas".
Os militantes do site "Jovens da Revolução Síria 2011" também anunciaram protestos em solidariedade a Deraa esta semana, além de Banias, Jeblah, Homs, Talbiseh e Tal Kalaj.