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Estado de Minas

Itália resgata 500 refugiados da Líbia em operação "milagrosa"


postado em 08/05/2011 16:51

A guarda costeira italiana e pescadores conseguiram salvar neste domingo 500 refugiados que viajavam em um barco que encalhou perto da ilha de Lampedusa (sul da Itália), em uma operação qualificada por um socorrista como um "milagre".

"Conseguimos resgatar todos os passageiros. Acreditamos que não houve vítimas", afirmou o porta-voz Vittorio Alessandro.

As imagens transmitidas pela televisão mostravam cenas dramáticas de refugiados agarrados às cordas tentando levar o barco pesqueiro até a margem e alguns homens que nadavam para ajudá-los.

As fortes ondas empurravam o barco contra as rochas, afirmou Davide Miserendino, da guarda costeira. "Havia cerca de 500 pessoas na embarcação. A situação era difícil. Nossos barcos de patrulha não podiam se aproximar devido à pouca profundidade das águas e devido à ressaca, que era muito forte", explicou Antonio Morana, um porta-voz da guarda costeira. "Para ser honestos, quando terminamos começamos a chorar e a nos abraçarmos. Todos pensávamos nestas crianças no mar. Foi inacreditável. Foi um verdadeiro milagre que conseguimos salvá-los", acrescentou.

A maioria das pessoas a bordo são imigrantes subsaarianos e asiáticos que viveram na Líbia. Milhares de refugiados abandonaram este país afundado em uma guerra civil e chegaram à costa de Lampedusa nas últimas semanas, quando o conflito no país norte-africano piorou.

Lampedusa, que tem 20 km2, é o ponto mais setentrional da Itália e, portanto, mais próximo ao norte da África.

Segundo Vittorio Alessandro, a embarcação se dirigia a Malta escoltada pela guarda costeira do país, mas finalmente foi desviada para ir até Lampedusa. "Quando se aproximava do porto de Lampedusa, virou subitamente para as pedras. Houve muito pânico a bordo", disse.

Alguns dos refugiados ficaram levemente feridos e foram hospitalizados. Interrogado sobre o ocorrido, Morana indicou que há uma investigação em curso sobre as causas do acidente, mas acredita que se tratou de uma "falha do leme".


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