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Estado de Minas

Sarkozy propõe ao G8 fundo de combate ao tráfico de drogas com dinheiro apreendido


postado em 09/05/2011 19:13

(foto: AFP PHOTO / POOL / PHILIPPE WOJAZER)
(foto: AFP PHOTO / POOL / PHILIPPE WOJAZER)
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, abriu nesta segunda-feira, em Paris, uma reunião inédita de um G8 ampliado, consagrado à luta contra o tráfico de drogas. E sugeriu a criação de um fundo global controlado pelas Nações Unidas para combater o tráfico de drogas, utilizando o próprio dinheiro apreendido dos "barões do narcotráfico" condenados. "Este fundo teria um objetivo: reforçar a capacidade dos Estados mais vulneráveis e dos mais atingidos pelo tráfico de drogas", afirmou Sarkozy na sessão de abertura da reunião. "Combater os traficantes não é apenas trancar as pessoas e apreender drogas. É atacar a primeira causa do tráfico - o dinheiro. Devemos privar os narcotraficantes dos lucros de seus crimes", afirmou. "Devemos punir os criminosos, não apenas com longas penas, mas também com o confisco de seus ativos", disse a uma plateia de ministros do Interior e da Justiça dos países que integram o G8 e de nações atingidas pelo tráfico de drogas. Ante os ministros de 22 países de Europa, África e América relacionados com a produção, consumo ou o trânsito da cocaína, o presidente francês destacou a necessidade "de erradicar um flagelo que ameaça nossas populações (e) desestabiliza nossas sociedades e, às vezes mesmo, nossos Estados". Entre as propostas apresentadas, Nicolas Sarkozy também sugeriu aos participantes melhorar "a coleta e a troca de informação" entre os países, assim como mais cooperação para pôr em prática uma "cadeia penal sólida e completa". "Empreguemos os meios financeiros necessários - o sucesso do plano de ação despende disso", destacou. Lembrou que o número de consumidores de cocaína dobrou em dez anos na Europa para atingir, hoje, entre 4 e 5 milhões de usuários regulares, em grande parte por causa da contração do mercado americano. Segundo estimativas de um especialista francês, 300 das 700 toneladas de cocaína produzidas anualmente na América Latina são destinadas à Europa. Para alimentar este mercado em plena expansão, os narcotraficantes da América Latina abriram novas rotas para a Europa, passando pelo Caribe e a África Oriental. A droga é transportada por navios, aviões e até submarinos, com seu fluxo começando a desestabilizar inúmeros países africanos fragilizados pela corrupção e a pobreza. Ainda de acordo com o especialista, a Guiné-Bissau é hoje considerada um verdadeiro "narco-Estado". O assassinato, em março de 2009, de seu presidente João Bernardo Vieira por militares é atribuída a um acerto de contas em torno do tráfico de cocaína. Os ministros e chefes de polícia que participam deste G8 ampliado devem aprovar nesta terça-feira "suas conclusões", que serão submetidas à reunião de cúpula do G8 em Deauville (oeste da França), nos dias 26 e 27 de maio.


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