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Estado de Minas

Comemoração da 'Nakba' palestina começa com incidentes em Jerusalém


postado em 13/05/2011 16:26

Os palestinos amanheceram nesta sexta-feira com as comemorações pelo aniversário da "Nakba" (catástrofe), como é conhecido o êxodo posterior à criação de Israel em maio de 1948, com desfiles e manifestações marcados por incidentes em Jerusalém Oriental, de acordo com testemunhas. Doze jovens palestinos foram detidos na Cidade Santa por perturbar a ordem pública, informou a polícia. Por outro lado, "treze jovens árabes (palestinos) que buscavam causar desordens" foram presos preventivamente nas últimas 48 horas, de acordo com um comunicado da polícia israelense.

Em Silwan, bairro palestino de Jerusalém Oriental, palco de violentos protestos quase diários, um jovem manifestante foi ferido a bala em circusntâncias não esclarecidas e segue hospitalizado, segundo uma fonte médica. As forças de segurança israelenses foram colocadas em estado de alerta frente ao risco de mais atos violentos. A polícia mobilizou um reforço de milhares de homens tanto em Jerusalém Oriental como no norte de Israel, onde está concentrada a maioria da população árabe no país. Nesta sexta-feira, também foi limitado o acesso à esplanada das mequitas na cidade velha de Jerusalém, situada na parte oriental da cidade ocupada e anexada por Israel em 1967. Apenas 8 mil fiéis muçulmanos puderam ir à mesquita de Al Aqsa para a oração de sexta-feira, de acordo com fontes policiais. Centenas de pessoas tiveram que orar em frente às portas da Cidade Velha. Os palestinos organizam marchas e encontros nos territórios ocupados desta sexta-feira até domingo. Mais de 760 mil palestinos fugiram ante o avanço das forças judaicas ou foram diretamente expulsos por elas há 63 anos. Atualmente, a ONU estima em cerca de 4,8 milhões o número de refugiados com seus descendentes. A resolução 194 da ONU dispõe que "os refugiados que desejarem voltar aos seus lares e viver ali em paz com seus vizinhos devem ser autorizados o quanto antes". Todos os governos israelenses se opuseram à aplicação do direito de regresso dos refugiados, com medo que a população judaica passe a ser minoria.


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