O líder palestino Mahud Abbas destacou nesta terça-feira que seu esforço para assegurar o reconhecimento internacional de um Estado palestino não é uma "manobra" e que contribuirá para os esforços de paz com Israel. "Nossa busca pela soberania como um Estado não deve ser vista como uma manobra. Muitos de nossos homens e mulheres morreram em prol de algo que não pode ser encarado como uma farsa política", escreveu Abbas em um artigo publicado pelo jornal The New York Times. "Vamos à ONU para garantir o direito de vivermos livres nos 22% restantes de nossa histórica terra, porque negociamos com Israel há 20 anos e não conseguimos a criação de um Estado próprio", afirmou.
Os planos de solicitar à ONU o reconhecimento de um Estado palestino nos territórios ocupados por Israel em 1967 provocaram as críticas deste país e dos Estados Unidos, que insistem que o conflito deve ser solucionado através de negociações.
A opinião de Abbas foi publicada dois dias após 14 pessoas morrerem e centenas ficarem feridas em choques entre as forças israelenses e palestinas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, num protesto dos refugiados palestinos ante as comemorações pela criação do Estado de Israel, em 1978.