De acordo com o documento, "a natureza do assassinato de Bin Laden pode ser sinal de que os EUA teriam tendência cada vez maior de matar membros da Al-Qaeda do que capturá-los".
"Uma implicação maior é que a morte possa ser vista como precedente para o assassinato de indivíduos por qualquer país, além de fronteiras nacionais, pelo menos quando envolver terrorismo."
Preparado pela Câmara dos Comuns - a Câmara dos Deputados do Reino Unido -, o relatório diz ainda que “quanto mais Estados agirem assim, mais aceitável, pelo menos politicamente, se torna, mesmo que não o seja em termos das leis internacionais."
Kadafi
Os EUA dizem que a operação que matou Bin Laden foi legal, mas críticos dizem que ele deveria ter sido capturado vivo.
O relatório britânico diz que muitas das questões referentes à legalidade da operação só poderiam ser respondidas se o governo americano revelasse as instruções dadas para os agentes envolvidos, quais os esforços feitos para pressionar Bin Laden a se render e qual ameaça ele representava naquele momento.
Ao contrário da primeira versão divulgada pela Casa Branca, o governo americano disse posteriormente que Osama Bin Laden estava desarmado na hora do assassinato.
O relatório britânico diz ainda que a morte do líder da Al-Qaeda pode ter consequências nas operações da Otan na Líbia, já que "alguns dos argumentos usados para justificar a legalidade do assassinato de Bin Laden poderiam ser aplicados se as forças da coalizão matassem o coronel Kadafi."
Os integrantes da coalizão dizem que a resolução da ONU não os autoriza a alvejar o líder líbio, mas afirmam que instalações de comando, incluindo locais usados por Kadafi e sua família, são alvos legítimos se estes forem usados para dirigir ataques contra civis.