Os movimentos rivais palestinos Fatah e Hamas concordaram sobre os "mecanismos" de aplicação do acordo de reconciliação, uma etapa descrita como "positiva" pelas autoridades egípcias que desempenham papel de mediação. "Fatah e Hamas mantiveram na segunda e nesta terça-feira intensas discussões mediadas pelo Egito para estabelecer os mecanismos de aplicação de seu acordo de reconciliação", estabelecido no início de maio no Cairo, indica um comunicado da agência oficial egípcia Mena.
"As discussões foram realizadas em uma atmosfera positiva e ambas as partes mostraram colaboração e entendimento ao refletirem a vontade de pôr rapidamente um fim na divisão", diz o comunicado. Fatah e Hamas classificaram na segunda-feira como "positivas" as discussões no Cairo sobre a formação de um governo único, composto por personalidades independentes. "As discussões foram muito positivas (...) estamos avançando", declarou à imprensa depois do encontro Azam al-Ahmad, que lidera a delegação do partido Fatah do presidente Mahmud Abbas. Perguntado sobre a nomeação de um novo primeiro-ministro, Ahmad respondeu que era "prematuro" mencionar nomes. Izat al-Rishiq, do Hamas, disse aos jornalistas que "as discussões foram feitas com o mesmo espírito positivo de quando conseguiram a reconciliação". Segundo ele, ambas as partes concordaram em não revelar detalhes da reunião, limitando-se a declarar que o anúncio da formação do governo vai ocorrer "em breve". O Fatah, no poder na Cisjordânia, e o Hamas, que controla a faixa de Gaza desde junho de 2007, anunciaram no início de maio no Cairo um acordo para a formação de um governo composto de personalidades independentes até as eleições que serão realizadas em um ano, pondo fim aos quatro anos de divisões entre a Cisjordânia e Gaza. O Egito realiza a mediação das negociações entre os movimentos palestinos.