O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e outros líderes da esquerda latino-americana se reúnem nesta quinta-feira para o Foro de São Paulo, na Nicarágua. Também participa uma delegação da Líbia para denunciar "os brutais ataques" contra o país, anunciaram os organizadores. Os debates começaram nesta quinta-feira e o ex-presidente Lula deve discursar ainda esta noite, mas as autoridades da Nicarágua não confirmaram a sua chegada ao país. Outros convidados especiais são a guatemalteca vencedora do Prêmio Nobel, Rigoberta Menchú; o ex-presindete hondurenho Manuel Zelaya; o presidente do Congresso de Cuba, Ricardo Alarcón; O ministro venezuelano Nicolás Maduro; e o vice-presidente do Partido Comunista do Vietnã, Nguyen Manh Hung, entre outros.
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, inaugurou o Fórum na noite de quarta-feira em Manágua, convocando a esquerda latino-americana a conquistar novos espaços de poder para romper com a hegemonia do "imperialismo". Aproximadamente 150 dirigentes de 42 partidos e grupos de esquerda do continente participam do encontro em Manágua até a sexta-feira. O Foro de São Paulo emitirá "uma condenação de agressão" à Líbia, disse à AFP Jacinto Suárez, o organizador do encontro e encarregado internacional do governante da Frente Sandinista da Nicarágua. Na abertura do foro, Zelaya anunciou que planeja voltar à Honduras na próxima semana, e disse que abriria caminho para que o país seja readmitido na Organização dos Estados Americanos (OEA), da qual foi afastado após o golpe de 2009 que o derrubou. "Este processo culminará na próxima semana, e na próxima semana, se Deus quiser, será possível que nós que estamos exilados possamos voltar à Honduras", disse Zelaya que está na Republica Dominicana desde janeiro de 2010, dia que terminou seu mandato constitucional.