A Rússia anunciou, esta segunda-feira, um novo avanço das negociações de reconciliação entre os movimentos palestinos rivais, Fatah e Hamas, que assinaram em Moscou uma nova declaração comum, sem revelar seu conteúdo.
"Conseguimos elaborar juntos uma declaração importante que ajudará a aplicar os acordos (de reconciliação) do Cairo", declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, que recebeu em Moscou delegados palestinos.
"Neste texto, expressamos nossa fidelidade ao acordo co Cairo", disse, por sua vez, Azam al Ahmad, neste encontro com jornalistas.
"O presidente palestino, Mahmud Abbas, me telefonou no domingo para agradecer por ter posto à sua disposição um lugar para este encontro tão útil", do qual participaram em especial um alto representante do Fatah, Azam al Ahmad, e o segundo do gabinete político do Hamas, Musa Abu Marzuq, acrescentou Lavrov.
Segundo Mustafa Barguti, membro do Conselho Legislativo palestino, Moscou se tornou, assim, um dos promotores da reconciliação palestina.
"Tivemos um encontro muito, muito bom", disse à AFP.
A Rússia rejeitou especialmente as críticas de Israel contra o Hamas, considerado pelo Estado hebreu uma organização terrorista, disse Barguti.
Lavrov "considera que a melhor resposta a estas críticas é avançar rápido para aplicar o acordo do Cairo", segundo o negociador palestino.
A delegação palestina efetuou uma visita de três dias a Moscou, semanas depois do acordo de reconciliação concluído entre o Fatah de Abbas e o Hamas, que controla da Faixa de Gaza.
Este acordo, condenado por Israel, foi saudada pela Rússia, membro do Quarteto para o Oriente Médio, ao lado dos Estados, a União Europeia e a ONU.
A Rússia mantém relações com o Hamas, considerado uma organização terrorista por Estados Unidos e UE.