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Estado de Minas

G8 pede saída de Kadafi e ameaça tomar duras medidas contra a Síria


postado em 27/05/2011 12:01

Os líderes do G8 reunidos em Deauville, no noroeste da França, irão nesta sexta-feira manifestar repúdio ao chefe líbio Muamar Kadafi, que "perdeu toda a sua legitimidade" e "deve deixar o poder", de acordo com a declaração final da cúpula, da qual a AFP teve acesso a trechos. "Kadafi e o governo líbio fracassaram no cumprimento das suas responsabilidades para proteger a população e perderam assim toda a legitimidade. Ele não tem futuro em uma Líbia livre e democrática. Deve sair", traz o texto aprovado pelos chefes de Estado e de Governo do G8 neste segundo e último dia da cúpula em Deauville. "Kadafi deve deixar o poder. A Líbia tem direito a um futuro democrático", salientou o presidente francês Nicolas Sarkozy, após uma reunião com o líder dos Estados Unidos, Barack Obama.

Os líderes também pediram a Kadhafi para cessar os atos de violência e expressaram seu apoio a uma solução política. "Exigimos o fim imediato do uso da força contra os civis por parte do regime de Kadafi. Estamos comprometidos a respaldar uma solução política que reflita a vontade da população da Líbia", irão declarar os líderes do G8, de acordo com o rascunho da declaração oficial.

Obama, que conversou com a imprensa ao lado de Sarkozy, confirmou que os Estados Unidos e a França estão decididos a "ir até o final na questão política no país.".

Já em relação à Síria, os líderes do G8 disseram estar "horrorizados" com as "repetidas e graves violações aos direitos humanos no país" e afirmaram que irão "analisar medidas" caso Damasco continue a utilizar da força, traz a mensagem final da cúpula de Deauville. "Estamos horrorizados com a morte de centenas de manifestantes pacíficos como resultado do uso da violência na Síria e por repetidas e graves violaçãos aos direitos humanos", afirma a declaração firmada pelos chefes de Estado e de Governo dos oito países mais industrializados do mundo.

Em um rascunho prévio, o parágrafo dedicado à Síria ameaçava "considerar uma ação no Conselho de Segurança das Nações Unidas", mas não estava claro se a frase iria fazer parte do texto final devido a oposição russa, informou uma fonte diplomática.

Os líderes do G8 pedem às "autoridades sírias a cessar imediatamente o uso da força contra o povo sírio e a responder às suas legítimas demandas de liberdade de expressão e direitos universais", diz o texto. "Também pedidos a libertação de todos os presos polítocos na Síria. Se as autoridades não ouvirem o nosso pedido, iremos analisar outras medidas", ameaça a declaração.


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