A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denunciou nesta quinta-feira o assassinato de um sétimo membro de uma família que sofreu hostilidades desde 2004 na Venezuela sem que o governo tenha tomado medidas a esse respeito. "A família Barrios está sendo exterminada frente à inação do Estado, que ignorou os chamados, decisões, recomendações e ordens" da CIDH e da Corte Interamericana, afirmou um comunicado. Juan José Barrios, de 28 anos de idade, foi assassinado em 28 de maio passado por duas pessoas que dispararam contra ele em várias ocasiões, segundo a informação da CIDH.
Juan José, assim como vários membros da família, contava com medidas cautelares ditadas pela Comissão. O governo venezuelano "não adotou as medidas necessárias para proteger a vida dos membros dessa família, que continuam sendo vítima de assassinatos, detenções, invasões de domicílio, ameaças e fustigamento", afirmou a CIDH. Os abusos começaram depois que a família denunciou em 2004 o assassinato de Narciso Barrios, supostamente pelas mãos da polícia de Aragua. Nesse mesmo ano, outros dois membros da família foram assassinados. O quarto membro da família foi assassinado em 2005, o quinto em 2009 e o sexto em 2010. Em janeiro passado, Néstor Caudi Barrios, testemunha da execução extrajudicial de Narciso Barrios, sobreviveu a um atentado.