Milhares de israelenses fizeram uma passeata neste sábado em Tel Aviv para protestar contra a continuidade da ocupação de terras palestinas tomadas por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, iniciada em 5 de junho de 1967. Os manifestantes defenderam a criação de um Estado palestino, que seria "do interesse de Israel".
Segundo o jornal Haaretz, cerca de 5 mil pessoas participaram da manifestação, que foi autorizada pelo governo e protegida pela polícia. Alguns manifestantes levavam um cartaz com uma caricatura do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu caracterizado como o Flautista de Hamelin e com os dizeres "Netanyahu, você está nos levando a uma catástrofe".
Outros cartazes e faixas diziam "Solidariedade com os palestinos" e "Netanyahu disse não; nós dizemos sim a um Estado palestino". Agitando bandeiras israelenses e palestinas, os manifestantes gritaram slogans como "Israel e Palestina, dois Estados para dois povos".
Vários partidos políticos participaram da organização da passeata, entre eles o Meretz (sionista de esquerda), o Hadash (marxista) e os movimentos Paz Agora e Gush Shalom ("bloco da paz").
Em um posto de controle militar israelense perto de Belém, na Cisjordânia ocupada, manifestantes cristãos organizaram um serviço religioso "pela paz e pela justiça", no qual defenderam o fim da ocupação de terras árabes por Israel.
As forças de segurança de Israel foram colocadas em alerta para o 44º aniversário da Guerra dos Seis Dias. As tropas nas fronteiras com o Líbano foram reforçadas, assim como aquelas nas Colinas de Golã (tomadas da Síria naquele conflito). As informações são da Dow Jones.