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Estado de Minas

Polícia acaba com protesto de guru indiano


postado em 05/06/2011 09:44

A polícia da Índia prendeu neste domingo a principal estrela do ioga do país e invadiu seu acampamento em Nova Délhi, onde milhares de seguidores participavam em uma manifestaçãoe e uma greve de fome contra a corrupção. As forças de segurança usaram bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes na madrugada deste domingo no local em que Baba Ramdev, um guru que tem um programa de televisão muito assistido na Índia, havia iniciado uma greve de fome no sábado.

"Nós demos permissão para entrada no acampamento de apenas 5.000 pessoas, mas entraram 50.000. Não havíamos autorizado uma agitação pública", declarou à AFP o porta-voz da polícia da capital indiana, Rajan Bhagat.

A imprensa informou que Ramdev será transportado de avião a sua residência na cidade de Haridwar, no Himalaia, de onde comanda uma grande império da ioga, programas de televisão e centros de cura.

Os seguidores do mestre iogue tentaram protegê-lo da polícia e 30 pessoas ficaram feridas na confusão. Entre os pedidos do iogue, ele propõe essencialmente estender a pena de morte aos membros do governo culpados de corrupção, assim como a retirada do mercado das notas de 500 e 1.000 rúpias que, de acordo com ele, são utilizadas para operações ilegais.

Baba Ramdev, que no ano passado analisou a possibilidade de criar um partido político, também defende que sejam proibidas na Índia as instituições bancárias que mantêm atividade em paraísos fiscais. Antes de dar início a sua greve de fome, que foi transimitida pela TV, o mestre declarou a um grupo de entusiastas que "nada é impossível, tudo é possível e não desistiremos".

Em seguida, ele acrescentou que começava ali o seu jejum para "a salvação da Índia". Este nacionalista contrário aos homossexuais afirma contar com o apoio de "todas as castas" da população, assim como da direita conservadora. Ramdev exige que o governo do primeiro-ministro Manmohan Singh repatrie o "dinheiro sujo", em referência a quantias provenientes de subornos e que, de acordo com ele, foram desviadas para contas no exterior.


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