A organização não governamental (ONG) Médicos sem Fronteiras (MSF) apelou aos líderes mundiais para que se comprometam com o tratamento de 9 milhões de pessoas contaminada com o vírus HIV até 2015. Para isso, serão necessários US$ 6 bilhões. Com esses recursos, a organização diz que é possível evitar mais de 7 milhões de mortes até 2020.
O apoio ao tratamento se destina, segundo a entidade, aos próximos quatro anos. O assunto é tema nesta quarta-feira de uma reunião específica na Organização das Nações Unidas. Para a ONG, os tratamentos em curso são eficientes, mas é necessário intensificá-los para reduzir a transmissão do vírus em 96%.
Pesquisas de institutos nacionais de saúde dos Estados Unidos indicam que pacientes que aderem a um esquema eficaz de terapia antirretroviral reduzem em até 96% o risco de transmissão do HIV ao parceiro sexual.
De acordo com especialistas, o Brasil é um dos poucos países que produzem e distribuem testes rápidos de diagnósticos de HIV para a população. Mesmo assim, o diagnóstico tardio representa um dos maiores problemas no enfrentamento da aids.
O presidente da organização não governamental Grupo Pela Vidda-São Paulo, Mário Scheffer, disse que há cerca de 250 mil soropositivos que não sabem que têm o vírus HIV. Segundo ele, é fundamental direcionar as ações para grupos específicos. “Há grupos que são afetados pelo HIV de forma mais contundente e que merecem políticas diferenciadas de prevenção”, disse.