A bactéria E.coli fez cinco novas vítimas na Alemanha, elevando o número de mortos da epidemia para 30, anunciaram as autoridades locais nesta quinta-feira.
Ao todo, 29 pessoas morreram na Alemanha e uma na Suécia.
Um homem de 57 anos faleceu em Frankfurt (oeste da Alemanha), depois de ter viajado no final de maio com a esposa para Hamburgo (norte do país), um dos principais focos da epidemia. Até agora, nenhuma das pessoas contaminadas havia morrido no estado de Hesse, onde fica Frankfurt, capital financeira do país.
Mais cedo, as autoridades regionais da Baixa Saxônia (noroeste) e o Instituto Federal Robert Koch haviam anunciado quatro novas mortes, entre elas uma jovem de 20 anos.
Uma delas, que faleceu na semana passada na Suécia depois de uma viagem pela Alemania, também era mulher.
No entanto, o Instituto Robert-Koch continua observando "há alguns dias a tendência de queda no número de novos casos de infecções".
As autoridades de Hamburgo também relataram uma queda no número de novas contaminações". A esperança de que o pior momento (da epidemia) tenha sido superado aumenta a cada dia", declarou a secretária de Saúde da cidade, Cornelia Prüfer-Storcks, em um comunicado.
As autoridades sanitárias alemãs ainda estão tentando, sem sucesso, localizar a fonte da doença.
Nesta quinta-feira, a Espanha conseguiu o apoio alemão para tentar reconquistar a boa reputação de suas hortaliças, acusadas equivocadamente de serem as portadoras da bactéria assassina.
Autoridades espanholas disseram que a Alemanha lamentou as suas primeiras e precipitadas declarações que acusavam os pepinos provenientes daquele país de propagarem a doença.
"O governo alemão se comprometeu a esforçar-se para recuperar o prestígio dos produtos agrícolas espanhóis afetados pela crise sanitária na Europa", afirmou Diego Lopez Garrido, secretário de Estado espanhol para a União Europeia (UE), após reunir-se com seu homólogo alemão, Werner Hoyer.
Lopez Garrido disse que a Alemanha dará apoio a uma campanha de promoção dos produtos agrícolas espanhóis que está sendo organizada em Madri para "recuperar o prestígio, a qualidade e a credibilidade dos produtos".
Hoyer "lamentou profundamente" e "expressou insatisfação" pelos danos causados ao setor agrícola espanhol, que se viu "especialmente afetado pelas primeiras declarações que acusaram os pepinos pela origem das contaminações", garantiu Lopez Garrido em uma coletiva de imprensa após a reunião. Esta foi a primeira viagem do secretário de Estado espanhol à Alemanha desde a delicada situação surgida em maio entre os dois países.
Para dar uma ideia do prejuízo causado pela bactéria E. coli, Lopez Garrido lembrou que a Espanha, principal exportadora de frutas e hortaliças da UE, vendia 25% de seus produtos à Alemanha.