Militares matam seis civis na Síria

Seis manifestantes morreram nesta sexta-feira por disparos das forças de segurança síria quando protestavam contra o regime de Bashar al Assad, segundo o último balanço fornecido por militantes dos direitos humanos. Dois civis morreram no bairro de Qabun, em Damasco, outros dois na localidade de Bosra al Harir, na província de Deraa (sul), e uma quinta pessoa perdeu a vida na cidade costeira de Latakia, indicou Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório sírio dos direitos humanos. Outro manifestante morreu na localidade de Al Sirmanya, na província de Idleb (noroeste), segundo outro militante dos direitos humanos. Os militantes pró-democracia convocaram uma manifestação para esta sexta-feira, depois da oração semanal.

O exército sírio também lançou nesta sexta-feira uma operação no setor de Jisr Al Chughur (noroeste), cenário de atos de violência há vários dias, anunciou a tv síria. "Unidades do exército começaram sua missão para controlar os povoados vizinhos de Jisr al Chughur e deter os grupos armados", anunciou a televisão, afirmando que a operação foi realizada a pedido dos habitantes. A maioria dos aproximadamente 50.000 habitantes desta localidade situada na localidade de Idleb (300 km ao norte de Damasco) fugiram esta semana da cidade por medo de uma operação militar de grande envergadura, segundo os ativistas. Durante os últimos dias foram registrados atos de violência na cidade, onde o exército realiza operações de rastreio desde sábado. Na segunda-feira, as autoridades sírias afirmaram que grupos armados mataram 120 policiais em Jisr al Chughur, mas os ativistas de direitos humanos desmentiram esta versão. O movimento de protesto contra o regime do presidente Bashar al Assad começou em 15 de março na região do sul da Síria, que sofreu uma violenta repressão.