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Estado de Minas

Lugo é acusado de apoiar ocupação de terras de brasileiros no Paraguai

Para Mauro Barreto, ex-presidente do Colegiado de Advogados do Paraguai em Ñacunday, o mandatário estaria por trás de um projeto de ocupação de 12 mil hectares de terras produtivas


postado em 20/06/2011 12:20

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, foi acusado de apoiar iniciativas de sem-terras de ocupar propriedades rurais no interior do país pertencentes a produtores brasileiros.

De acordo com uma reportagem vinculada pelo jornal paraguaio ABC Color, o advogado Mauro Barreto, que já presidiu o Colegiado de Advogados do Paraguai na região, afirmou que as ocupações que têm ocorrido na região do Alto Paraná contam com "forte apoio político" e seria o primeiro passo de um plano que pretende desapropriar 12 mil hectares de terras que ele classifica como "altamente produtivas".

O jurista disse ter visitado as fazendas na companhia dos assessores legais dos produtores e do Consulado Geral do Brasil em Ciudad del Este, ocasião em que, segundo ele, ficou claro o envolvimento do presidente no conflito.

O advogado disse ter conversado com o comissário Erven Lovera, responsável por um grupo de 50 efetivos do grupo Antimotins da Polícia Nacional enviado ao local supostamente para assegurar os direitos dos proprietários, que teria declarado estar no local a mando do próprio presidente, avisando o jurista da inutilidade em apelar para a polícia ou o Ministério Público.

Para Barreto, as pessoas por de trás da iniciativa têm forte apoio político, sabendo que são "intocáveis" em suas ações. A intenção do governo, por sua vez, seria criar um ambiente de insegurança na região.

Como apurado pelo ABC Color, cerca de 450 sem-terras do assentamento "18 de outubro" estão acampados na região e pretendem ocupar as fazendas.

A reforma agrária era uma das principais plataformas políticas do chefe de Estado paraguaio para seu mandato durante a campanha eleitoral.

Em janeiro de 2009, pouco menos de um ano após ter vencido as eleições, o governo anunciou um projeto de melhorias sociais e de infra-estrutura no campo, mas que não incluía a distribuição de terras para os agricultores pobres, o que intensificou, desde então, os conflitos entre os movimentos em prol da reforma agrária e as autoridades.


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