- Foto: AFP PHOTO/Tony KARUMBA
A ONU estima que as atrocidades - incluindo 387 estupros - cometidas pela rebelião em agosto de 2010 em 13 aldeias de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo (RDC), podem constituir "crimes contra a humanidade", segundo relatório divulgado nesta quarta-feira. "Devido ao fato de que estes ataques foram planejados e empreendidos de forma sistemática e seletiva, os atropelos cometidos poderão constituir crimes contra a humanidade e crimes de guerra" (segundo o Tribunal Penal Internacional/TPI), assinala o informe dos investigadores da ONU.
As Nações Unidas atribuem estes atos a um grupo de 200 homens, composto por rebeldes hutus das Forças Democráticas de Libertação de Ruanda (FDLR), milícias Mai Mai e efetivos do coronel Emmanuel Nsengiyumva (um congolês que passou para o lado da rebelião no início de 2010).
O informe, elaborado pelo Birô Conjunto das Nações Unidas para os Direitos Humanos (BCNUDH), assegura ter provas de que pelo menos 387 civis foram estuprados por estes combatentes, incluindo 300 mulheres, 23 homens, 55 meninas e 9 meninos.
Além disso, os atacantes saquearam 923 casas e 42 comércios e sequestraram 116 civis, que foram submetidos a trabalhos forçados.