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Estado de Minas

Tabloide britânico prepara a última edição após polêmica com escutas ilegais


postado em 09/07/2011 13:13 / atualizado em 09/07/2011 13:20

A última edição do tabloide britânico News of the World foi preparada neste sábado, após um escândalo de grampo telefônico provocar o fechamento do jornal de 168 anos. Rupert Murdoch, dono de um império da mídia que inclui o tabloide, chegará em Londres neste domingo, segundo uma pessoa próxima de Murdoch, coincidindo com a última edição do tabloide.

As alegações que levaram ao fechamento do jornal são de que alguns de seus jornalistas pagaram à polícia britânica por informações e fizeram escuta ilegais em telefones de celebridades, políticos e outras figuras públicas. Além disso, o caso ganhou força com a notícia de que havia sido grampeado em 2002 um celular de uma menina desaparecida, Milly Dowler, que foi assassinada.

Imagens divulgadas pela Sky News sobre os preparativos da última edição do tabloide em Londres mostrou um dia normal de trabalho em uma redação cheia de jornalistas.

A polícia prendeu ontem Andy Coulson, ex-porta-voz do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e editor do jornal entre 2003 e 2007, que foi depois libertado sob fiança. Cameron comentou a crise e anunciou uma investigação independente do caso. Coulson havia deixado o posto de porta-voz do premiê David Cameron mais cedo neste ano, por causa do caso de grampos em seu emprego anterior.

Clive Goodman, ex-editor para assuntos da reais do News of the World que cumpriu pena de prisão em 2007 por grampear telefones de auxiliares da realeza, também foi detido e solto sob fiança ontem. Em 2007, o jornalista que cobria a realeza e um investigador privado trabalhando para o tabloide foram presos, após uma investigação culpá-los por grampear mensagens de telefone de alguns membros da família real.

Coulson deixou o cargo de editor do jornal em 2007, dizendo que assumia a responsabilidade pelos grampos ocorridos enquanto ele estava no comando, mesmo afirmando que não sabia nada sobre eles. Quando Cameron assumiu como primeiro-ministro, em maio de 2010, chamou Coulson para chefiar a área de comunicação do governo, o que gerou várias críticas.


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