As saídas de dois dos jornalistas responsáveis pelo tabloide britânico foram anunciadas no mesmo dia em que o magnata australiano divulgou um pedido de desculpas às famílias grampeadas, que seria publicado nos principais jornais da Grã-Bretanha neste fim de semana.
Ele foi a primeira vítima causada pelo escândalo dos grampos na parte americana do conglomerado, que pode sofrer ainda novas baixas. Na quinta-feira, o FBI anunciou que começou a investigar supostas escutas ilegais a parentes das vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001 (mais informações nesta página).
Pressão saudita
A demissão de Rebekah ocorreu poucas horas depois de a BBC exibir uma entrevista com o segundo maior investidor do grupo de Murdoch, o bilionário príncipe saudita Al-Waleed bin Talal al-Saud, que pediu a cabeça da jornalista.
O príncipe disse que Rebekah deveria deixar o cargo se achasse que sua conduta na chefia do News of the World foi inadequada. “Para mim, ética é muito importante, não vou lidar com uma mulher sobre a qual exista dúvida a respeito de sua integridade” afirmou.
Ela era responsável pelo tabloide durante a cobertura do caso da adolescente Milly Dowler, de 13 anos, assassinada em 2002. A jovem teve a caixa postal de seu celular grampeada e os recados foram apagados, dando esperanças à família e à polícia de que ela ainda estivesse viva e monitorando suas mensagens.