A polícia britânica deteve neste domingo Rebekah Brooks, ex-diretora da filial britânica de jornais do grupo de Rupert Murdoch, em meio ao escândalo pelas escutas telefônicas, que levou o trabalhista Ed Miliband a pedir o desmantelamento do grupo no Reino Unido e uma lei contra "o abuso de concentração de poder".
Brooks, que na sexta-feira pediu demissão de seu posto de diretora da News International, divisão britânica do grupo News Corp do magnata australiano-americano, foi mantida em detenção provisória neste domingo, acusada de "conspiração para interceptar comunicações" e "corrupção". Pouco antes, a Scotland Yard havia indicado a detenção de uma mulher de 43 anos, suspeita "de participação na interceptação de comunicações" e de "corrupção", sem informar sua identidade.
Esta detenção é a décima ocorrida durante a investigação reaberta em janeiro sobre o escândalo das escutas telefônicas praticadas em grande escala nos anos 2000 pelo tabloide News of the World, que pertence ao grupo News Corp. de Rupert Murdoch. O tabloide foi fechado recentemente por causa do escândalo.
Enquanto isso, Murdoch, mergulhado há duas semanas no escândalo que estremeceu seu império, manteve neste domingo seus atos públicos de reparação, publicando em vários jornais um anúncio com o título "O mal foi reparado". A News International prometeu "total cooperação com a polícia", "indenizações às vítimas" e "mudanças" para evitar mais problemas.
No sábado, o próprio Murdoch publicou na imprensa um mea culpa pelos grampos telefônicos praticados em grande escala desde o começo dos anos 2000 pelo News of the World (NotW), fechado na semana passada. Segundo a polícia, o diário grampeou os telefones de cerca de 4.000 pessoas, assim como os de famílias de adolescentes assassinados.
Estas revelações desencadearam a consternação da classe política britânica em relação às atitudes de Murdoch, a começar pelos trabalhistas, que neste final de semana lançaram um novo ataque contra o magnata. O líder, Ed Miliband, exigiu o desmantelamento da filial britânica do grupo de comunicação de Murdoch. "Acredito que tal concentração de poder nas mãos de uma pessoa é algo prejudicial e que leva a abusos de poder dentro de sua organização", declarou Miliband ao jornal Observer.
Miliband apresentou uma moção ao Parlamento para exigir da News Corp. a retirada de sua oferta para a compra da maior plataforma de televisão via satélite britânica BSkyB, levando em consideração as práticas em seus periódicos. Diante de seus insistentes pedidos, o primeiro-ministro britânico David Cameron anunciou a criação de uma comissão de investigação.
Apesar de Rupert Murdoch ter sacrificado Rebekah Brooks e Les Hinton, que a antecedeu na direção dos jornais britânicos do grupo, e ter desistido de seus projetos da BSkyB, o escândalo continua crescendo. A polêmica sobre os estreitos vínculos que a News International manteve com a polícia ganhou novos toques com a revelação de que o chefe da Scotland Yard, Paul Stephenson, se reuniu 18 vezes com os diretores do grupo entre 2006 e 2010.
A Scotland Yard, acusada de não ter se empenhado muito na investigação sobre as escutas, teve que admitir que havia recrutado como consultor de relações públicas um ex-diretor do NotW, Neil Wallis, que também era consultor de um luxuoso hotel onde o chefe da polícia passou cinco semanas este ano, segundo a imprensa.
Murdoch deve comparecer na terça-feira junto com seu filho James, número três da News Corp, diante de uma comissão que prometeu "chegar ao fundo do assunto". Rebekah Brooks também foi convocada, mas sua situação agora é incerta. Segundo o Sunday Telegraph, membros do conselho de administração da BSkyB, da qual Murdoch possui 39%, tinham decidido se reunir no dia 28 de julho para analisar o futuro de James Murdoch na direção do grupo.
Brooks, que na sexta-feira pediu demissão de seu posto de diretora da News International, divisão britânica do grupo News Corp do magnata australiano-americano, foi mantida em detenção provisória neste domingo, acusada de "conspiração para interceptar comunicações" e "corrupção". Pouco antes, a Scotland Yard havia indicado a detenção de uma mulher de 43 anos, suspeita "de participação na interceptação de comunicações" e de "corrupção", sem informar sua identidade.
Esta detenção é a décima ocorrida durante a investigação reaberta em janeiro sobre o escândalo das escutas telefônicas praticadas em grande escala nos anos 2000 pelo tabloide News of the World, que pertence ao grupo News Corp. de Rupert Murdoch. O tabloide foi fechado recentemente por causa do escândalo.
Enquanto isso, Murdoch, mergulhado há duas semanas no escândalo que estremeceu seu império, manteve neste domingo seus atos públicos de reparação, publicando em vários jornais um anúncio com o título "O mal foi reparado". A News International prometeu "total cooperação com a polícia", "indenizações às vítimas" e "mudanças" para evitar mais problemas.
No sábado, o próprio Murdoch publicou na imprensa um mea culpa pelos grampos telefônicos praticados em grande escala desde o começo dos anos 2000 pelo News of the World (NotW), fechado na semana passada. Segundo a polícia, o diário grampeou os telefones de cerca de 4.000 pessoas, assim como os de famílias de adolescentes assassinados.
Estas revelações desencadearam a consternação da classe política britânica em relação às atitudes de Murdoch, a começar pelos trabalhistas, que neste final de semana lançaram um novo ataque contra o magnata. O líder, Ed Miliband, exigiu o desmantelamento da filial britânica do grupo de comunicação de Murdoch. "Acredito que tal concentração de poder nas mãos de uma pessoa é algo prejudicial e que leva a abusos de poder dentro de sua organização", declarou Miliband ao jornal Observer.
Miliband apresentou uma moção ao Parlamento para exigir da News Corp. a retirada de sua oferta para a compra da maior plataforma de televisão via satélite britânica BSkyB, levando em consideração as práticas em seus periódicos. Diante de seus insistentes pedidos, o primeiro-ministro britânico David Cameron anunciou a criação de uma comissão de investigação.
Apesar de Rupert Murdoch ter sacrificado Rebekah Brooks e Les Hinton, que a antecedeu na direção dos jornais britânicos do grupo, e ter desistido de seus projetos da BSkyB, o escândalo continua crescendo. A polêmica sobre os estreitos vínculos que a News International manteve com a polícia ganhou novos toques com a revelação de que o chefe da Scotland Yard, Paul Stephenson, se reuniu 18 vezes com os diretores do grupo entre 2006 e 2010.
A Scotland Yard, acusada de não ter se empenhado muito na investigação sobre as escutas, teve que admitir que havia recrutado como consultor de relações públicas um ex-diretor do NotW, Neil Wallis, que também era consultor de um luxuoso hotel onde o chefe da polícia passou cinco semanas este ano, segundo a imprensa.
Murdoch deve comparecer na terça-feira junto com seu filho James, número três da News Corp, diante de uma comissão que prometeu "chegar ao fundo do assunto". Rebekah Brooks também foi convocada, mas sua situação agora é incerta. Segundo o Sunday Telegraph, membros do conselho de administração da BSkyB, da qual Murdoch possui 39%, tinham decidido se reunir no dia 28 de julho para analisar o futuro de James Murdoch na direção do grupo.