As implicações políticas do escândalo dos grampos do tabloide News of the World continuam a crescer, após a renúncia, neste domingo, do chefe da polícia metropolitana de Londres, Paul Stephenson.
A demissão de Stephenson deve aumentar a pressão política sobre o primeiro-ministro britânico, David Cameron, que teve um ex-editor do jornal, Andy Coulson, como porta-voz até janeiro deste ano.
Stephenson deixou o cargo após a revelação de que a polícia havia contratado como consultor um editor-executivo do tabloide, Neil Wallis, também implicado no escândalo dos grampos.
Ao anunciar sua demissão, na noite de domingo, o ex-chefe da polícia afirmou que a ligação de Cameron com Coulson o impedia de comentar com o premiê as acusações contra Wallis. "Eu não quis comprometer o primeiro-ministro de nenhuma forma ao revelar ou discutir um suspeito em potencial que claramente tinha uma relação próxima a Coulson", afirmou Stephenson.
Acusações
O News of the World é acusado de ter tido acesso ilegalmente a mensagens de celulares de mais de 4 mil pessoas em busca de informações exclusivas para reportagens.
As acusações eram conhecidas há tempos, mas o escândalo ganhou força nas últimas semanas com a revelação de novos detalhes sobre o caso.
Outra ex-editora do News of the World, Rebekah Brooks, foi detida e libertada sob fiança no domingo após prestar depoimento sobre o caso.
Brooks renunciou na sexta-feira ao cargo de presidente-executiva da News International, braço britânico do grupo do magnata australiano Rupert Murdoch, proprietário do News of the World e de outros meios de comunicação importantes no país, como os jornais The Sun, The Times e The Sunday Times, além da rede de TV Sky.
O escândalo levou Murdoch a decidir pelo fechamento do News of the World, que teve seu último número publicado na semana passada. O tabloide era o jornal de maior vendagem aos domingos na Grã-Bretanha, com uma tiragem de cerca de 2,7 milhões de exemplares.
Questionamentos
O opositor Partido Trabalhista pretende questionar Cameron novamente nesta segunda-feira sobre sua decisão de contratar Andy Coulson como porta-voz mesmo após as primeiras revelações de escutas ilegais promovidas pelo News of the World.
Para a deputada Yvette Cooper, porta-voz dos trabalhistas para assuntos de Justiça, as declarações de Stephenson indicam uma "preocupação muito grave de que o chefe da polícia se sentiu incapaz de falar ao primeiro-ministro e à ministra do Interior sobre essa questão operacional com Neil Wallis por causa da relação do primeiro-ministro com Andy Coulson".
Os questionamentos ameaçam ofuscar uma visita de Cameron à África, que foi reduzida de cinco para dois dias por conta da crise política. O premiê havia sido anteriormente criticado por estar em uma viagem ao Afeganistão quando o escândalo estourou, há duas semanas.
Para o analista político da BBC Norman Smith, as declarações de Paul Stephenson parecem ter tido a intenção de jogar o foco do escândalo de volta para o governo britânico.
Cameron afirmou respeitar a decisão de Stephenson de deixar o cargo e pediu que a polícia metropolitana siga fazendo "todo o possível" para continuar com as investigações sobre os grampos.
A demissão de Stephenson deve aumentar a pressão política sobre o primeiro-ministro britânico, David Cameron, que teve um ex-editor do jornal, Andy Coulson, como porta-voz até janeiro deste ano.
Stephenson deixou o cargo após a revelação de que a polícia havia contratado como consultor um editor-executivo do tabloide, Neil Wallis, também implicado no escândalo dos grampos.
Ao anunciar sua demissão, na noite de domingo, o ex-chefe da polícia afirmou que a ligação de Cameron com Coulson o impedia de comentar com o premiê as acusações contra Wallis. "Eu não quis comprometer o primeiro-ministro de nenhuma forma ao revelar ou discutir um suspeito em potencial que claramente tinha uma relação próxima a Coulson", afirmou Stephenson.
Acusações
O News of the World é acusado de ter tido acesso ilegalmente a mensagens de celulares de mais de 4 mil pessoas em busca de informações exclusivas para reportagens.
As acusações eram conhecidas há tempos, mas o escândalo ganhou força nas últimas semanas com a revelação de novos detalhes sobre o caso.
Outra ex-editora do News of the World, Rebekah Brooks, foi detida e libertada sob fiança no domingo após prestar depoimento sobre o caso.
Brooks renunciou na sexta-feira ao cargo de presidente-executiva da News International, braço britânico do grupo do magnata australiano Rupert Murdoch, proprietário do News of the World e de outros meios de comunicação importantes no país, como os jornais The Sun, The Times e The Sunday Times, além da rede de TV Sky.
O escândalo levou Murdoch a decidir pelo fechamento do News of the World, que teve seu último número publicado na semana passada. O tabloide era o jornal de maior vendagem aos domingos na Grã-Bretanha, com uma tiragem de cerca de 2,7 milhões de exemplares.
Questionamentos
O opositor Partido Trabalhista pretende questionar Cameron novamente nesta segunda-feira sobre sua decisão de contratar Andy Coulson como porta-voz mesmo após as primeiras revelações de escutas ilegais promovidas pelo News of the World.
Para a deputada Yvette Cooper, porta-voz dos trabalhistas para assuntos de Justiça, as declarações de Stephenson indicam uma "preocupação muito grave de que o chefe da polícia se sentiu incapaz de falar ao primeiro-ministro e à ministra do Interior sobre essa questão operacional com Neil Wallis por causa da relação do primeiro-ministro com Andy Coulson".
Os questionamentos ameaçam ofuscar uma visita de Cameron à África, que foi reduzida de cinco para dois dias por conta da crise política. O premiê havia sido anteriormente criticado por estar em uma viagem ao Afeganistão quando o escândalo estourou, há duas semanas.
Para o analista político da BBC Norman Smith, as declarações de Paul Stephenson parecem ter tido a intenção de jogar o foco do escândalo de volta para o governo britânico.
Cameron afirmou respeitar a decisão de Stephenson de deixar o cargo e pediu que a polícia metropolitana siga fazendo "todo o possível" para continuar com as investigações sobre os grampos.