O editorial lembra que a Espanha possui atualmente mais de 21% da força de trabalho desempregada, ou 5 milhões de pessoas, e que 300 mil famílias perderam suas casas com o colapso do mercado imobiliário desde 2008. "A perda de confiança na gestão de José Luis Rodríguez Zapatero parece irreversível e o crescente ceticismo com a governabilidade espanhola, nas circunstâncias atuais, ameaça aumentar ainda mais nossos males. A crise não é só econômica, mas também, e sobretudo, política".
Em editorial, El País pede renúncia de Zapatero
O principal jornal da Espanha, o El País de Madri, publicou nesta segunda-feira um forte editorial, no qual pede que o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero renuncie ao cargo e evite o agravamento da crise espanhola. El País é um jornal que segue uma linha editorial de centro-esquerda, a mesma linha política do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de Zapatero. Intitulado "Final de um ciclo", o editorial opina que "se Zapatero quiser prestar um último serviço ao país, deve abandonar o poder o mais cedo possível". "Administrar o fim de um ciclo de governo não é uma tarefa fácil para nenhum governante e as circunstâncias que atravessa a Espanha no momento não contribuem, certamente, a facilitar isso. Desde que o presidente do governo (Zapatero) desatou dúvidas sobre sua continuidade, em um comentário tão informal quanto irresponsável no final do ano passado, os acontecimentos se precipitaram. Para pior. No momento, nos encontramos com um país ameaçado pela ruína (envolvido pela voracidade dos mercados financeiros desencadeada sobre a Europa), sem perspectiva, com sérios problemas de coesão social e também territorial, aos quais se juntam a desilusão dos cidadãos sem distinção de ideologias ou de classes sociais", diz um trecho do editorial.
O editorial lembra que a Espanha possui atualmente mais de 21% da força de trabalho desempregada, ou 5 milhões de pessoas, e que 300 mil famílias perderam suas casas com o colapso do mercado imobiliário desde 2008. "A perda de confiança na gestão de José Luis Rodríguez Zapatero parece irreversível e o crescente ceticismo com a governabilidade espanhola, nas circunstâncias atuais, ameaça aumentar ainda mais nossos males. A crise não é só econômica, mas também, e sobretudo, política".
O editorial lembra que a Espanha possui atualmente mais de 21% da força de trabalho desempregada, ou 5 milhões de pessoas, e que 300 mil famílias perderam suas casas com o colapso do mercado imobiliário desde 2008. "A perda de confiança na gestão de José Luis Rodríguez Zapatero parece irreversível e o crescente ceticismo com a governabilidade espanhola, nas circunstâncias atuais, ameaça aumentar ainda mais nossos males. A crise não é só econômica, mas também, e sobretudo, política".