O presidente e CEO da News Corp., Rupert Murdoch, negou nesta terça-feira a possibilidade de deixar seu cargo na empresa por causa do escândalo dos grampos telefônicos e disse que é "a melhor pessoa para esclarecer isso".
Ao depor perante um comitê do Parlamento britânico que investiga as acusações de grampos telefônicos no jornal News of the World, que foi fechado recentemente, Murdoch disse que "eu sinto que pessoas nas quais confiei, não sei quem, não sei em que nível, me decepcionaram e eu acho que elas se comportaram de forma vergonhosa, elas envergonharam à empresa e a mim".
Os comentários de Murdoch foram feitos minutos depois da retomada dos depoimentos, após uma tentativa de ataque contra o magnata de 80 anos. O atacante foi imediatamente detido por policiais e retirado do local.
O diretor operacional da News Corp., James Murdoch, disse que a companhia não decidiu ainda se vai ou não lançar um novo tabloide dominical após o fechamento do News of the World e que esta opção ainda está em aberto. Ele afirmou que recebeu bem a análise da indústria da mídia na Grã-Bretanha e que todo o setor de jornais precisa considerar a ética jornalística.