Murdoch disse ter se sentido "totalmente chocado e envergonhado ao tomar conhecimento do caso Milly Dowler há duas semanas", referindo-se às revelações de supostos grampos feitos por jornalistas do tabloide dominical News of the World no telefone de uma menina de 13 anos assassinada.
Mas quando um deputado perguntou a ele se assumia ser "em última instância responsável por este fiasco", Murdoch respondeu: "Não", considerando que é impossível supervisionar tudo o que é feito em um conglomerado de comunicação de 53.000 funcionários. E ao ser perguntado a quem podia então atribuir a responsabilidade pelo ocorrido, respondeu: "As pessoas em quem confiei e, depois, talvez as pessoas em quem elas confiaram".
Em um comunicado emitido nesta quarta, Murdoch assegurou que seu grupo converterá, após o escândalo das escutas ilegais na Grã Bretanha, "em uma companhia mais forte". "Quero que todos vocês saibam que tenho a absoluta confiança de que vamos emergir como uma companhia mais forte", disse Murdoch através de um comunicado dirigido a seus empregados. "Vai nos custar tempo reconstruir a confiança e a credibilidade, mas estamos decididos a cumprir com as expectativas de nossos acionistas, clientes, colegas e sócios", disse.
A sessão parlamentar teve que ser interrompida brevemente quando um homem tentou de jogar um prato cheio com espuma de barbear no rosto de Murdoch. A esposa do magnata, Wendi Deng, que estava sentada próximo, conseguiu impedir o ataque. Segundo a rede de televisão Sky News, o indivíduo é um humorista.
O homem que tentou agredir Murdoch será julgado por perturbação da ordem pública, informou a polícia londrina nesta quarta-feira.
Jonathan May-Bowles, de 26 anos, foi preso imediatamente após o ataque, mas depois conseguiu liberdade condicional. Na sexta-feira ele comparecerá a um Tribunal em Londres por seu reprovado comportamento, que causou "medo e angústia" em um local público.