O suspeito dos atentados de sexta-feira na Noruega, Anders Behring Brivik, chegou ao tribunal de Oslo para uma primeira audiência em que serão decretadas as medidas de coação a que ficará sujeito até ser julgado. Ele entrou por uma porta lateral. A audiência será feita a portas fechadas, como havia pedido o procurador e contrariamente ao que pretendia o suspeito. O advogado do suspeito, Geir Lippestad, entrou pela porta principal, onde se encontravam dezenas de jornalistas.
O juiz Kim Heger deverá pronunciar-se sobre a prisão preventiva de Brivik. O procurador do caso anunciou anteriormente que vai requerer a prisão provisória do suspeito por um primeiro período renovável de oito semanas, o dobro da duração habitual. Anders Behring Breivik admitiu ser o autor do massacre que fez 93 mortos. O juiz vai decidir sobre a prisão preventiva dele.
Mais cedo, milhares de cidadãos da Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. Na Noruega, a família real, o chefe do governo e milhares de cidadãos fizeram um minuto de silêncio. A Bolsa de Oslo, os aeroportos e os transportes ferroviários também suspenderam a atividade durante um minuto.
As buscas na ilha, onde só lá 86 pessoas foram mortas a tiro, segundo o mais recente balanço, foram suspensas durante um minuto, com todos os que participam nos trabalhos alinhados à margem. O minuto de silêncio foi concluído com um simples “takk” (obrigado), dito pelo primeiro-ministro.
Depois de assinarem um livro de condolências colocado no auditório da universidade, os reis e o chefe do governo abandonaram a Praça Karl Johans Gata, em frente à universidade, sob o aplauso de cerca de mil pessoas que ali se juntaram.
O minuto de silêncio, observado também nos outros países nórdicos, realizou-se uma hora antes de o suspeito Anders Behring Breivik ir ao tribunal. Breivik, um norueguês de 32 anos descrito como um fundamentalista cristão, anti-islamismo e de extrema direita, confessou à polícia o duplo ataque que, disse, foi “atroz”, mas “necessário”, segundo o seu advogado.
A Comissão Europeia e o Conselho da Europa juntaram-se também à homenagem aos mortos de Oslo, observando um minuto de silêncio em simultâneo com Oslo.