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Estado de Minas

Atirador norueguês pede desculpas por atos necessários


postado em 26/07/2011 11:59



O advogado do norueguês Anders Behring Breivik, disse nesta terça-feira que seu cliente pede desculpas pelos ataques que mataram ao menos 76 pessoas, mas disse que estes eram necessários para iniciar uma guerra no mundo ocidental. "Ele disse que isso era necessário para começar uma guerra aqui e na Europa e no mundo ocidental. Portanto, ele pede desculpas por algo necessário", disse Geir Lippestad à repórteres em Oslo.

A guerra já foi mencionado em um livro de 1.500 páginas atribuído ao extremista cristão de direita de 32 anos de idade, entitulado 2083, ano em que terminaria o suposto conflito ideológico entre o ocidente e o islamismo.

O advogado afirmou que Breivik é provavelmente insano, embora diga ser ainda cedo para dizer se ele alegará insanidade. "O caso todo indica que ele é insano", disse Geir Lippestad. O acusado será submetido a uma avaliação psicológica para atestar suas condições psiquiátricas.

O advogado disse que Breivik afirmou integrar uma rede anti-islâmica que possui duas células na Noruega e várias no exterior, afirmação que a polícia disse duvidar, mas está investigando.

Drogas

Lippestad disse que seu cliente usou "alguns tipos de drogas" antes dos crimes da sexta-feira, para mantê-lo "forte e eficiente".

Breivik se surpreendeu de não ter sido morto durante os ataques ou rumo ao tribunal onde teve uma audiência na segunda-feira, disse o advogado.

Lippestad já defendeu um extremista de direita que condenado em 2002 a 17 anos de prisão pelo assassinato, motivado por racismo, de um garoto de 15 anos, cujo pai era africano.

Breivik aceitou responsabilidade pelos ataques mas negou as acusações de terrorismo.

Ele é acusado de terrorismo e a Justiça norueguesa disse cogitar acusá-lo de crimes contra a humanidade, acusação que pode levar a uma sentença de até 30 anos de prisão. Breivik deve permanecer detido por oito semanas, as quatro primeiras em isolamento.

Na segunda-feira, calcula-se que 250 mil pessoas tenham saído às ruas de Oslo levando flores em memória das oito pessoas mortas na capital e das 68 que morreram no campo para jovens na ilha de Utoeya.


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