Um tribunal de Kiev proibiu que os partidários da ex-premier Yulia Timoshenko, em prisão provisória, organizassem uma manifestação neste domingo perto do tribunal que a julga por abuso de poder.
A decisão judicial proíbe qualquer manifestação entre 7 e 31 de agosto na principal avenida de Kiev, onde fica o tribunal, e diante do centro de prisão provisória no qual Timoshenko está detida.
As manifestações também estão proibidas na praça da Independência e em Maidan, focos da "revolução laranja" de 2004, da qual Timoshenko foi uma das líderes e que levou ao poder um governo pró-ocidente.
Partidários de Timoshenko protestaram no sábado no centro de Kiev contra a detenção da opositora na sexta-feira.
Timoshenko é acusada de abuso de poder quando era chefe de Governo em 2009 por ter autorizado, sem a aprovação governamental, a assinatura de contratos sobre a importação de gás russo a um preço muito elevado e, portanto, desfavorável para a Ucrânia.
Atualmente na oposição, Timoshenko comandou o governo em duas ocasiões, em 2005 e de dezembro de 2007 a março de 2010. Perdeu o posto após a vitória de Viktor Yanukovich, considerado pró-russo, nas eleições presidenciais.