O Tribunal de Apelação de Kiev negou nesta sexta-feira pôr em liberdade a ex-primeira-ministra ucraniana Yulia Tomoshenko, presa há uma semana por interromper as audiências do processo que a julga por abuso de poder, rejeitando o pedido da defesa.
"Não há nenhuma razão legal para examinar este recurso", declarou a juíza Olga Efimova, segundo um jornalista da AFP presente na sala.
"O tribunal estima que a demanda não é válida. Esta decisão não pode ser apelada", acrescentou Efimova.
A ex-primeira-ministra está sendo julgada por suposto abuso de poder por assinar com o então presidente da Rússia, Vladimir Putin, contratos de importação de gás russo a um preço considerado desvantajoso para a Ucrânia.
Sua detenção, no dia 5 de agosto, provocou indignação na comunidade internacional.
Os Estados Unidos denunciaram um julgamento com "aparência de perseguição com motivações políticas", enquanto a Rússia mostrou seu apoio à primeira-ministra, afirmando que os contratos assinados entre ambos os países eram totalmente legais.