A exemplo dos Estados Unidos, a Alemanha, a França, o Reino Unido e os demais integrantes da União Europeia se uniram nesta quinta-feira em defesa da saída do presidente da Síria, Bachar Al Assad, que está no governo há 11 anos. Alvo de protestos há cinco meses, Assad é acusado de violação de direitos humanos, com ataques a civis desprotegidos.
A chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, emitiram comunicado conjunto em que defendem a saída imediata do líder sírio. "[É hora de] por fim imediato a toda a violência, libertar os prisioneiros de consciência [políticos] e permitir às Nações Unidas a avaliação da situação no terreno sem entraves", diz o comunicado.
A chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, também divulgou nota em defesa da saída de Assad. "[O presidente Bashar Al Assad] perdeu a legitimidade aos olhos do povo sírio, sendo necessário que abandone o poder", diz o texto.
A perda de legitimidade de Assad é também afirmada em um comunicado do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que exige explicitamente pela primeira vez o afastamento do chefe de Estado Sírio e anuncia novas sanções contra o regime de Damasco. "Explicamos, em várias ocasiões, que o presidente Assad deveria iniciar um processo de transição democrática ou demitir-se. Esse processo de transição não aconteceu. No interesse do povo sírio, chegou a hora de o presidente Assad se retirar", diz o comunicado de Obama.
Desde março, Assad enfrenta protestos que têm sido reprimidos com violência pelas forças de segurança. De acordo com organizações de defesa dos direitos humanos, cerca de 2 mil pessoas morreram - vítimas da repressão das manifestações.