Rebeldes alertaram nesta segunda-feira para o risco que civis estão correndo na cidade de Bani Walid, enquanto fontes nigerinas afirmam que funcionários do regime atravessaram a fronteira. Entre os funcionários estaria o chefe da segurança interna de Muamar Kadafi, Mansur Daw, que estava na cidade de Bani Wali com ao menos dois dos filhos do ditador, informou uma fonte do governo nigerino.
Abdullah Kenshil, negociador do novo governo líbio, disse que civis estavam sendo feitos reféns no centro da cidade, em prédios administrativos e em cinco ou seis vilarejos. "Os soldados de Kadafi também fecharam os portões da cidade e não estão deixando as famílias saírem", disse. "Isso nos preocupa, nós não queremos matar civis nos ataques".
Negociações para a rendição de Bani Walid, sudeste de Trípoli, terminaram no domingo, mas ainda havia algum movimento no frente nesta segunda-feira, apesar das preocupações de que famílias locais poderiam ser usadas como escudos humanos.
O comandante operacional Abdulrazzak Naduri disse a jornalistas em Shishan, norte de Bani Walid, que o Conselho Nacional de Transição (CNT) "não quer mais derramamento de sangue". Funcionários locais afirmaram que figuras importantes do regime voaram com Seif al-Islam, filho mais proeminente de Kadafi, que, de acordo com Naduri, foi alguns dias atrás para a cidade de Sabha, extremo sul do país, ainda nas mãos dos fiéis ao regime.
Dois outros filhos de Kadhafi, Saadi e Mutassim, também estariam em Bani Wali, e há relatos de que o próprio ditador tenha atravessado a cidade, mas ainda não está claro quando isso teria ocorrido.