A comissão se reuniu com autoridades do novo governo haitiano, com membros do Poder Judiciário, do Parlamento, de organizações humanitárias e ONG locais, indicou nesta terça-feira o ministro da Defesa uruguaio, Eleuterio Fernández Huidobro.
O informe da comissão sustenta que, "a partir de 2012, a Minustah deve ir se retirando gradualmente, de forma ordenada", adiantou o ministro uruguaio, lembrando que "esta era uma missão desde o início (...) para ajudar o Haiti a recuperar suas instituições e a tranquilidade e depois se retirar". "Mas também diz (o relatório) que no momento atual é muito difícil. E assim opinam as autoridades haitianas consultadas", acrescentou. O mandato da Minustah termina no dia 15 de outubro, quando o Conselho de Segurança discutirá seu futuro.
O encontro ministerial ocorre num momento em que os soldados da ONU no Haiti, já acusados de ter introduzido a cólera no país, estão novamente em foco pelo suposto abuso sexual de um jovem haitiano por parte de soldados uruguaios, reativando os pedidos de retirada dos capacetes azuis do país.
A Minustah, mobilizada desde junho de 2004, é uma força de cerca de 12.200 homens. O Brasil exerce o comando militar da missão, integrada por 18 países, em sua maioria latino-americanos: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai.