A ONU vai reduzir progressivamente suas forças de polícia no Haiti devido à estabilização da situação no país, devastado por um terremoto em 2010, anunciou nesta sexta-feira o chefe da missão militar no país, o chileno Mariano Fernández. "A visão do secretariado das Nações Unidas, da qual nós compartilhamos totalmente, é reduzir progressivamente os efetivos da Minustah", a Missão de Estabilização da ONU no Haiti, ressaltou Fernández durante uma reunião do Conselho de Segurança sobre esse país.
Ele citou a importância da criação de uma academia de polícia "que exigirá uma cooperação internacional, de forma que ela possa se tornar uma instituição de excelência e um instrumento importante para o exercício da lei". Fernández também ressaltou que a situação humanitária no Haiti "continua sendo um fator de preocupação", no momento em que cerca de 640.000 pessoas ainda vivem em campos, após o terremoto de 12 de janeiro de 2010.
A Minustah, afetada por uma polêmica relacionada a um caso de violência sexual por parte de capacetes azuis e acusada no Haiti de ter introduzido o cólera, continuará "aguardando que uma força nacional possa assumir o controle", assegurou nesta semana o presidente haitiano Michel Martelly.