A presidenta deverá mencionar a posição do governo brasileiro em relação ao Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia – comandado pela oposição ao presidente líbio, Muammar Khadafi. Anteontem (16) a ONU reconheceu o órgão e mais de 60 governos também legitimam o conselho como capaz de coordenar a transição na Líbia.
Em relação ao Estado da Palestina, o Brasil é favorável à autonomia da região respeitando o negociado em 1967. Em dezembro do ano passado, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou o reconhecimento e recebeu mensagens de agradecimento das autoridades palestinas. Na ONU, o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, avisou que vai pedir o reconhecimento do Estado da Palestina como independente.
O assunto divide opiniões na comunidade internacional. O governo de Israel é contrário à proposta porque alega que os palestinos querem dividir a cidade de Jerusalém, algo inaceitável para os israelenses. Os norte-americanos informaram que vão rejeitar o pedido de Abbas porque defendem mais negociações antes do reconhecimento.
A crise econômica mundial é outro tema que será abordado pelos líderes. Dilma alertou, em várias ocasiões, sobre impactos da crise nos países em desenvolvimento e disse que o Brasil redobrará os esforços para evitar os efeitos na região. Paralelamente, a Europa busca meios de impedir o agravamento da situação.
Os conflitos nos países muçulmanos ganharam desdobramentos que vão além das questões regionais, pois na Líbia o país vive em clima de guerra, enquanto na Síria o presidente Bashar Al Assad demonstra não respeitar os acordos internacionais para preservação dos direitos humanos e a situação se agrava. O cálculo é que mais de 2,6 mil sírios morreram em seis meses de confrontos.
A comunidade internacional deve, mais uma vez, agora nas presenças dos líderes mundiais, rechaçar a forma como Assad conduz o conflito na Síria e cobrar o fim dos confrontos e a aplicação de medidas democráticas. Paralelamente, outra preocupação é com a situação no Haiti. Desde 12 de janeiro de 2010, quando houve o terremoto que devastou o país, há esforços para sua reconstrução.
A instabilidade política no Haiti se reflete também na ajuda humanitária ao país e no processo de reconstrução, segundo o secretário-geral das Nações Unidas na região, Mariano Fernández. O alerta foi feito na última sexta-feira (16). O Brasil é um dos países que mais têm cooperado com o Haiti, de acordo com o embaixador haitiano em Brasília, Idalbert Pierre-Jean.
Dilma está em Nova York acompanhada por cinco ministros: o das Relações Exteriores, Antonio Patriota; o da Saúde, Alexandre Padilha; o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; o do Esporte, Orlando Silva; e a da Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas.