Eles foram acusados de desobediência e por falhar na missão. A primeira acusação é passível de uma punição de quatro meses até três anos de prisão, e a segunda prevê até três anos de prisão. O presidente do Supremo Tribunal Militar, Julio Halty, disse nesta segunda-feira para vários canais de televisão uruguaios que outro soldado foi colocado em prisão preventiva. "Há também o oficial que comandava os soldados, e que foi processado", declarou o presidente sem especificar a identidade do oficial, nem a data de sua detenção.
Depois da revelação deste caso no início de setembro, os suspeitos foram detidos no sul do Haiti e o presidente do Uruguai, José Mujica, pediu desculpas ao presidente haitiano pelo "ultraje" cometido e disse que se empenharia em "aplicar as sanções mais severas aos responsáveis".
A Minustah manifestou "a reprovação da ONU" e assegurou que a missão cuida das vítimas oferecendo atendimento médico, e eventualmente oferece ajuda material e financeira. Muitas manifestações foram organizadas diante da base uruguaia em Porto Salut e em Porto Príncipe para exigir a retirada das forças da ONU.
Iniciada em junho de 2004 e comandada pelo Brasil (2.166 homens), a missão conta com 18 países colaboradores, em sua maioria latino-americanos. O Uruguai é o país que mais contribui em homens proporcionalmente a sua população.