Em Nagoya, capital da cidade de Aichi, 1,09 milhão de habitantes receberam o conselho de deixar suas casas. Cinco pessoas morreram no centro e no oeste do país, segundo um primeiro balanço provisório.
As equipes de socorro buscavam ativamente outras duas pessoas desaparecidas, incluindo uma criança que voltava da escola.
A primeira construtora japonesa de automóveis, Toyota, suspendeu a produção em 11 de suas 15 fábricas japonesas pela chegada do tufão, indicou um porta-voz.
"A produção não será retomada hoje e ainda não há nenhuma decisão para amanhã", explicou Dion Corbet à AFP. Acrescentou que a suspensão envolve as equipes que trabalham durante a tarde.
Cobert afirmou que as 11 fábricas se encontram em Aichi, centro industrial onde se localizam a sede e a maioria das fábricas da empresa. As outras quatro fábricas do grupo, em Hokkaido (norte, Tohoku (nordeste) e Kyushu (sudoeste) não estão envolvidas.
Espera-se que o tufão alcance posteriormente a região de Tóquio ainda nesta quarta-feira. A agência meteorológica lembrou que tufões com trajetórias similares deixaram sérios danos no passado.
Várias estradas foram fechadas e, de acordo com a rede de televisão estatal NHK, foram cancelados ao menos 200 voos nos aeroportos da região, número que pode aumentar nas próximas horas.
Roke também pode provocar deslizamentos de terra na cidade de Wakayama (centro-oeste), que já foi assolada no início do mês pelo tufão Talas, responsável pela morte de uma centena de pessoas.
Fukushima
Está previsto que o "Roke" alcance às 21h locais (9h em Brasília) a Província de Fukushima, região afetada pela catástrofe de 11 de março, onde está a central nuclear de Fukushima Daiichi, epicentro da crise nuclear gerada após o terremoto e tsunami que afetaram a região. Nesta quarta-feira, as companhias aéreas anunciaram o cancelamento de 278 voos, e os serviços ferroviários também foram suspensos.
Há temores que a chuva leve água radioativa, decorrente de vazamentos da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, para o mar. Cerca de 1 milhão de pessoas tiveram de deixar suas casas, quando houve os acidentes nucleares, e 330 mil pessoas permanecem em áreas de risco.
De acordo com as autoridades japonesas, os ventos provocados pelo tufão têm velocidade média de 160 quilômetros por hora. Nessa quarta-feira, houve o alerta para que cerca de 400 mil pessoas deixassem suas casas. Não era obrigatório, mas recomendável, disseram os especialistas.
Talas
No começo deste mês, o Japão foi atingido pelo Tufão Talas, que deixou mais de 100 mortos e desaparecidos na Região Oeste. Pelo menos 4.500 pessoas perderam suas casas, ficaram sem abastecimento de energia e água.