O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, rejeitou no sábado um projeto de plano de paz elaborado por mediadores internacionais. Ele disse que a proposta do Quarteto - formado por Estados Unidos, União Europeia, Nações Unidas e Rússia - é inaceitável, pois não exige que Israel contenha as construções nos assentamentos nem inicie as negociações com base nas fronteiras anteriores a 1967, quando israelenses ocuparam terras palestinas.
Ele também disse ontem que espera que o Conselho de Segurança termine de estudar o pedido palestino de ingresso na ONU como membro pleno em poucas semanas. "Estamos falando em semanas, não meses", disse Abbas a jornalistas no avião que o levava de volta à Cisjordânia, após ele apresentar na sexta-feira à Assembleia-Geral da ONU a proposta de reconhecimento do Estado palestino. Abbas disse que inicialmente parecia haver pouco entusiasmo sobre a ideia de se discutir o pedido. Mas sentiu que o humor mudou após fazer seu discurso na Assembleia-Geral, durante o qual ele pressionou por um Estado palestino ao lado de Israel.
Amanhã, uma comissão do Conselho de Segurança começará a analisar a iniciativa palestina e esse estudo não tem um prazo para ser concluído. Paralelamente, o Quarteto tentará levar palestinos e israelenses de volta para a mesa de negociações. E a rejeição de Abbas à proposta do Quarteto pode ser uma estratégia política para obter mais benefícios se as negociações forem retomadas.
Israel favorável ao plano
O ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, afirmou neste domingo ser favorável à adoção do plano de paz do Quarteto (Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU) para conseguir um acordo de paz entre israelenses e palestinos até o final de 2012."Acho que é preciso aceitar a proposta do Quarteto porque inclui um ponto muito positivo: a abertura de negociações sem condições prévias" afirmou Lieberman, entrevistado emn Nova York pela rádio estatal israelense.
Apesar de admitir ter reservas quanto a esse plano, o chanceler explicou que seu país deve favores aos Estados Unidos."Os americanos mobilizaram grandes esforços no Quarteto para alcançar esta prposta e nos apoiaram tanto na crise de nossa embaixada no Cairo como no discurso do presidente Barack Obama na ONU", afirmou ainda.