Jornal Estado de Minas

Na ONU, chanceler da Síria responsabiliza nações ocidentais pelo caos no país

AgĂȘncia Brasil
O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Al Moualem, responsabilizou os países ocidentais pelo agravamento da crise no país. Segundo ele, há ações externas que tentam manipular líderes populares em atos contra o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad. Desde o começo deste ano, Assad enfrenta manifestações diárias contra sua gestão. Em reação, ele determinou às forças policiais que repreendam os manifestantes.
Durante reunião na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nessa segunda-feira, Moualem disse que as demandas populares dos sírios são “manipuladas por grupos armados que tentam sabotar a segurança” no país.

"A Síria tem cumprido sua responsabilidade de proteger os cidadãos . O governo agiu para garantir a segurança e estabilidade", disse o chanceler, referindo-se às ações de repressão ordenadas por Assad e condenadas pela comunidade internacional, inclusive pelo Brasil. Segundo Moualem, os manifestantes reagem à possibilidade de intervenção externa na Síria.

Moualem disse ainda que a série de violência na Síria acompanha as decisões, lideradas pelos Estados Unidos e pela União Europeia, de impor sanções ao país. De acordo com ele, as restrições impostas pela comunidade internacional ameaçam “a subsistência do povo sírio”.

Pelos dados de organizações não governamentais, cerca de 2,7 mil pessoas morreram na Síria em decorrência dos confrontos no país. Jornalistas estrangeiros não têm autorização para entrar na região.