Na semana passada, ao abrir a Assembleia Geral da ONU em Nova York, a presidenta Dilma Rousseff defendeu o direito de os palestinos terem um Estado autônomo e independente. No ano passado, o Brasil reconheceu o direito de criação da Palestina. No entanto, o governo dos Estados Unidos, que é um dos membros permanentes do Conselho de Segurança, informou que votará contra o pedido do presidente da ANP, Mahmoud Abbas.
Porém, dos 15 membros do Conselho de Segurança, seis se manifestaram em favor dos palestinos. Dos 193 países que integram as Nações Unidas, os palestinos dizem que contam com o apoio de 127. A previsão, de acordo com diplomatas que acompanham as negociações, é que a ONU conceda aos palestinos o status de Estado observador, como o Vaticano.
O quarteto para as negociações, formado por representantes dos Estados Unidos, da União Europeia, das Nações Unidas e da Rússia, propôs a retomada do diálogo, estipulando o prazo para um acordo final até 2012.
Para os Estados Unidos e o Reino Unido, é necessário ampliar as negociações de paz entre israelenses e palestinos antes de decidir pela criação de um Estado independente. O governo de Israel informou que não aceita negociar o pedido da ANP que propõe a divisão da cidade de Jerusalém, considerada pelos iraelenses indivisível.