O representante do Líbano no Conselho de Segurança, o embaixador Nawaf Salam, disse hoje que houve apoio unânime de todos os integrantes do órgão para encaminhar o pedido ao Conselho de Admissão. O observador permanente da Palestina nas Nações Unidas, Riyad Mansour, disse que espera que a decisão final não demore.
Para Mansour, não há disposição do governo de Israel em buscar acordos para um processo de paz. Segundo ele, as ofensivas e reações constantes exemplificam sua afirmação. No entanto, o representante de Israel na ONU, o embaixador Ron Prosor, rebateu as palavras de Mansour informando que há disposição para negociar por parte dos israelenses.
Para a aprovação do pedido de Abbas, são necessários nove votos favoráveis do total de 15 votos do Conselho de Segurança, sem rejeição dos que detêm assentos permanentes. O governo do Brasil atua em favor da proposta palestina. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o Brasil “espera em breve saudar o Estado da Palestina”.
Na semana passada, a presidenta Dilma Rousseff defendeu o direito de os palestinos terem um Estado autônomo e independente. Em 2010, o Brasil reconheceu o direito de criação da Palestina. No entanto, o governo dos Estados Unidos, que é um dos membros permanentes do Conselho de Segurança, informou que votará contra o pedido do presidente da ANP, Mahmoud Abbas.
Dos 15 membros do Conselho de Segurança, seis se manifestaram em favor dos palestinos. Dos 193 países que integram as Nações Unidas, os palestinos dizem que contam com o apoio de 127. A previsão, de acordo com diplomatas que acompanham as negociações, é que a ONU conceda aos palestinos o status de Estado observador, como o Vaticano.