Brasil e UE são favoráveis a medidas da ONU contra a Síria
Rússia reprova as propostas com veemência
O Brasil e a União Europeia são a favor que a ONU, principalmente o Conselho de Segurança, continue a acompanhar a situação da Síria, enquanto uma resolução que condena a repressão da oposição está em discussão nas Nações Unidas.
Em uma declaração conjunta aprovada na reunião de Cúpula em Bruxelas, UE e Brasil expressaram "profunda preocupação com a situação atual da Síria e a necessidade de pressionar as autoridades sírias para acabar com a violência e iniciar uma transição pacífica para a democracia".
"Eles ressaltaram a importância do Conselho de Segurança da ONU e o Conselho dos Direitos Humanos continuarem envolvidos no assunto", informou o texto sem mencionar possíveis punições.
Durante a reunião, o presidente da UE, Herman Van Rompuy, assegurou que "a atenção está voltada para a evolução alarmante na Síria e para a necessidade de o Conselho de Segurança adotar rapidamente uma resolução forte para mostrar ao mundo que não tolerará a violência inaceitável do regime" de Bachar al-Assad.
Em um último projeto de resolução em discussão na ONU, o Reino Unido, a França, Alemanha e Portugal preferiram ameaçar Damasco com "medidas leves" do que com "sanções", para unir outros países do Conselho.
O Brasil é membro não-permanente do Conselho de Segurança. Desde o início da onda de contestação a Bashar al-Assad em março, que deixou pelo menos 2.700 mortos, segundo a ONU, Rússia, China e alguns membros não-permanentes se opuseram a um texto que condena esta repressão.
Moscou afirmou nesta terça-feira que o texto proposto é "inaceitável". O projeto europeu "condena firmemente as violações graves e sistemáticas dos Direitos Humanos pelas autoridades sírias" e prevê "medidas" se o regime sírio não pôr fim a isso em 30 dias.