O presidente do Datanálisis, Luis Vicente León, disse à Associated Press que a popularidade do presidente subiu de 48,6% em julho para 58,9% em setembro graças, em parte, ao "manejo da informação" sobre o câncer de Chávez feito pelo governo.
León disse que o governo conseguiu "evitar o custo tradicional da enfermidade" e o converteu em um "ativo" a favor do presidente. Ele acrescentou que a "mensagem de esperança" que o governo transmitiu de que Chávez está numa "batalha para sobreviver" lhe rendeu resultado favoráveis tanto para sua popularidade quanto para a intenção de votos, que passou de 31% em julho para 40% em setembro.
Mas apesar da alta registrada em setembro, León disse que o resultado não pode ser considerado "estável" e definitivo tendo em vista as eleições presidenciais de outubro de 2012, já que o pleito ainda está distante e a intenção de votos continua baixa para Chávez.
"Esta espuma pode não ser estável e não sabemos em que nível vai cair (a popularidade). Estamos em uma transição e temos de esperar mais dois meses para saber se houve ou não estabilização da tendência", afirmou.
O estudo do Datanalisis mostrou que 58% da população é contra a reeleição de Chávez no ano que vem para um terceiro mandato, enquanto 40% se manifestaram a favor dessa opção, disse o analista.
A pesquisa, que entrevistou 1.300 pessoas em todo o país, foi realizada entre 29 de agosto e 7 de setembro, e tem margem de erro de 2,7 pontos para mais ou para menos. O levantamento foi patrocinado por empresas e pessoas físicas cujas identidades não foram reveladas pelo instituto. As informações são da Associated Press.