Israel criticou violentamente nesta quarta-feira a recomendação do Comitê Executivo da Unesco de admissão da Palestina como Estado-membro de pleno direito, afirmando que a mesma é "contrária ao plano de paz". "As ações dos palestinos na Unesco negam por sua vez as negociações bilaterais e a proposta do Quarteto de continuar o processo diplomático", afirmou em um comunicado o Ministério israelense de Relações Exteriores, citando a declaração do Quarteto (Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU) de retomar as negociações de paz.
"Suas ações são uma resposta negativa aos esforços de Israel e da comunidade internacional de promover um processo de paz", completa o ministério. "A Unesco, que manteve silêncio frente às mudanças significativas no Oriente Médio, encontrou tempo durante sua reunião atual para adotar seis decisões sobre o conflito entre Israel e palestinos", completa. O Conselho Executivo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, apoiou na quarta-feira por maioria a adesão plena da Autoridade Palestina a este órgão da ONU, rejeitada por quatro países-membros, entre eles os Estados Unidos. A adesão "plena e total" da Autoridade Palestina à Unesco, impulsionada pelo grupo de países árabes, foi apoiada por 40 dos 58 membros do Conselho Executivo. A Conferência Geral da Unesco que se reunirá em Paris de 25 de outubro a 10 de novembro deverá se pronunciar sobre essa recomnedação.