A violência na Síria e o agravamento dos confrontos entre forças policiais e manifestantes dominam parte das conversas da presidenta Dilma Rousseff na sua visita à Turquia. Mas o assunto é alvo de preocupações da comunidade internacional como um todo. Na sexta-feira por meio de seu porta-voz, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apelou para que o presidente sírio, Bashar Al Assad, deixe o poder.
“Os Estados Unidos condenam com firmeza a violência contra elementos da oposição, onde quer que seja. Esses atos colocam ainda em evidência que as promessas de reformas e diálogo do regime sírio são vazias”, disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. “O presidente Assad deve ir embora, antes que o país siga em direção mais perigosa”.
Nas reuniões que Dilma teve com o presidente da Turquia, Abdullah Gul, o acirramento das tensões na Síria foi tema das conversas. Turquia e Brasil se dispõem a ser interlocutores na tentativa de buscar uma solução pacífica na região. Ambos os governos condenam a violência e a forma como Assad conduz o processo político no país.
Na sexta-feira, Mechaal Tamo, um dos líderes da oposição curda, foi assassinado. A morte de Tamo gerou novas manifestações que foram contidas em meio a conflitos com forças policiais. Os atos de violência na Síria ocorrem três dias depois de o Conselho de Segurança das Nações Unidas não ter conseguido aprovar uma resolução que pedia o envio de observadores de direitos humanos ao país.
Em seu último dia na Turquia, a presidenta Dilma Rousseff irá a Istambul, a única cidade do mundo localizada entre dois continentes – a Europa e a Ásia. Até o início do século 20, era a capital do Império Otomano e símbolo de modernidade, cultura e preservação do mundo antigo.
Há áreas de Istambul tombadas pelo Patrimônio Histórico da Humanidade. A cidade disputa a indicação para sediar os os Jogos Olímpicos de 2020. Dilma deixa a cidade por volta das 21h (15h em Brasília) e chega no domingo às 4h a Brasília. A agenda dela neste domingo não tem compromissos oficiais.