Segundo o canal "Líbia livre", Kadafi foi preso no mesmo momento em que seu filho, Muatassim, que Mansur Dau (o chefe dos serviços de segurança interior) e que Abddulah Senusi (chefe dos serviços de inteligência). De acordo com o CNT, Muatassim foi morto em Sirte e seu corpo foi levado para Misrata junto com o de Dau.
Um combatente do CNT, Mohamed Lahuaib Shaban, afirmou a uma jornalista da AFP que presenciou a prisão de Kadafi, e que tirou dele uma arma, um revólver de ouro.
Um canal de TV partidário do regime deposto chegou a desmentir, num primeiro momento, a morte do dirigente.
Abubakr Yunès Jaber, ministro da Defesa do regime deposto de Muamar Kadafi, também foi morto em Sirte, indicou nesta quinta-feira um médico à AFP.
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Uma fonte de alto escalão do CNT informou também que a cidade de Sirte, último bastião da resistência das forças leais a Muamar Kadhafi, foi "totalmente libertada" nesta quinta-feira. "Sirte foi totalmente libertada, e com a confirmação da morte de Kadhafi", a Líbia foi completamente libertada, declarou Khalifa Haftar, acrescentando que "aqueles que lutaram ao lado de Kadhafi foram mortos ou capturados".
Otan e EUA
Já a Otan anunciou ter bombardeado um comboio de veículos militares pró-Kadafi nas proximidades de Sirte.
"Aproximadamente às 08h30, hora local (10h30 de Brasília) desta quinta, a Otan bombardeou veículos da força militar pró-Kadhafi que faziam parte de um grupo maior que circulava pelas vizinhanças de Sirte", afirmou o porta-voz da Otan, coronel Roland Lavoie.
A Otan não indicou se o coronel Muamar Kadafi estava neste comboio militar "que representava uma ameaça para os civis", segundo a fonte. No momento, a Otan não se pronunciou oficialmente sobre a questão.
O governo dos Estados Unidos, no entanto, informou que ainda não tem condições de confirmar a notícia. "O Departamento de Estado não pode, neste momento, confirmar as notícias da imprensa sobre a captura ou morte de Muamar Kadafi", declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.
Apesar de não haver confirmação da morte do antigo líder líbio, a União Europeia saudou "o fim de uma era de 'despotismo'". "A guerra acabou", declarou o governo italiano Silvio Berlusconi. "Sic transit gloria mundi" (Assim passa a glória do mundo)", comentou, em latim, o ex-aliado de Kadafi, durante uma reunião com líderes de seu partido, segundo a imprensa local.
A rebelião na Líbia começou há oito meses no leste do país. As forças de Kadafi ameaçaram num determinado momento reconquistar o território, mas foram repelidas por bombardeios da Otan, autorizados por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU votada em março.
Kadafi e vários aliados estavam foragidos desde a queda de Trípoli, em 23 de agosto. Perto do hospital de campanha de Sirte, o anúncio da captura de Kadafi foi recebido por um buzinaço, tiros para o ar e abraços.
Também em Trípoli, os habitantes celebraram o anúncio com buzinaços e disparos para o ar.
A rede de TV Al Jazeera divulgou dois vídeos mostrado o suposto momento em que Muamar Kadafi é pego ainda com vida pelos rebeldes. As imagens são fortes: