O impacto de um eventual fechamento das torneiras seria claro: dificuldade para que empresas rolem suas dívidas e uma recessão. "A Europa está à beira de uma nova recessão. Não basta apenas seguir insistindo numa ajuda às contas públicas ou aos bancos", alertou Ignacio Fernández Toxo, secretário-geral do CCOO (Comissões Obreiras, a maior central sindical da Espanha): "A capitalização é exagerada e pode ter repercussões profundas se não for feita de uma forma adequada".
Na prática, o alerta é um só: as exigências aos bancos podem levar a um corte de créditos às empresas que, como consequência, aumentariam as demissões. Na semana passada, a taxa de pessoas sem trabalho atingiu 21,5%, cerca de 5 milhões de espanhóis. Em 2007, era apenas 1,7 milhão, 7% da população. Segundo o governo, a Espanha terá de esperar até 2016 para voltar a ter uma taxa de desemprego de 16%, duas vezes ainda superior aos números de 2007.