Quatro civis e um soldado desertor morreram nesta segunda-feira atingidos por disparos das forças de segurança na Síria, onde o movimento de protesto pede o fim do regime de Bashar al Assad desde meados de março, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) em um comunicado.
Os ativistas pró-democráticos convocaram manifestações para pedir que a Liga Árabe congele a adesão da Síria e cesse "seu apoio aos assassinos". Nesta segunda, a Liga Árabe propôs, em um plano apresentado a Damasco, o fim imediato da violência, a retirada dos tanques das ruas da Síria e um diálogo com a oposição no Cairo, segundo anunciou o secretário-geral da organização, Nabil al Arabi.
Um comitê ministerial da Liga Árabe aguardava nesta segunda-feira em Doha uma resposta ao plano do regime de Bashar al-Assad, que há mais de sete meses reprime de maneira violenta o movimento de protesto popular. O plano árabe prevê "a retirada dos tanques e o fim imediato da violência para enviar uma mensagem de tranquilidade às ruas da Síria", disse Arabi.
O documento também defende o "início no Cairo de um diálogo nacional entre todos os componentes da oposição e do regime", que até o momento tem sido reticente à ideia de um diálogo com a oposição no exterior. A ideia de um diálogo nacional foi apresentada na semana passada durante um encontro em Damasco entre Assad e o comitê ministerial árabe, liderado pelo primeiro-ministro do Qatar, xeque Hamad Ben Jasem Al Thani.