O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, descartou nesta segunda-feira a possibilidade de intervenção militar na Síria. “Essa possibilidade está totalmente excluída. Não temos qualquer intenção de intervir na Síria”, disse Rasmussem.
Alvo de protestos há sete meses, o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, é condenado pela comunidade internacional pelas ações repressivas na contenção dos protestos. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 3 mil pessoas morreram em decorrência dos embates entre manifestantes e forças policiais.
“Obviamente que condeno veementemente a repressão das forças de segurança contra os civis na Síria. Isso é absolutamente escandaloso”, disse Rasmussen. “A única forma de avançar na Síria, como em outros países, é considerar as aspirações legítimas do povo sírio, introduzir reformas democráticas”, acrescentou.
Para Rasmussen, a intervenção da Otan na Líbia não pode servir de referência para uma ação semelhante na Síria. “Assumimos a responsabilidade da operação na Líbia porque houve um mandato claro das Nações Unidas e porque tivemos um apoio forte e ativo dos países da região", disse. “Nenhuma dessas condições está reunida na Síria”.