O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, convocou uma reunião de emergência de seu gabinete ministerial para esta tarde de terça-feira (14h pelo horário de Brasília) em meio a uma revolta entre os membros de seu Partido Socialista.
"Papandreou está tentando controlar uma revolta no partido. O futuro do governo pode ser decidido na reunião do gabinete", disse um membro sênior do partido. "Neste momento, Papandreou ainda planeja ir adiante com o voto de confiança marcado para sexta-feira."
A deputada socialista Eva Kaili disse por meio de um comunicado que é preciso um governo de unidade nacional no país, mas acrescentou que Papandreou não deve liderar este governo. Seis representantes do partido também pediram a substituição de Papandreou. Mais cedo, outra parlamentar socialista, Milena Apostolaki, abandonou o partido, deixando os socialistas com uma maioria de apenas duas cadeiras no Parlamento de 300 vagas.
As reações acontecem depois que Papandreou convocou ontem um referendo sobre se a Grécia deve seguir com as medidas de austeridade em troca da ajuda da Europa. Ele também pediu um voto de confiança no governo, que deverá ser avaliado no Parlamento nesta sexta-feira.
Autoridades gregas disseram que um "sim" no referendo pode reduzir a oposição aos cortes nos salários, aposentadorias e gastos do governo. Mas um "não" poderá eventualmente fazer a Grécia abandonar o euro.