A revolta entre os deputados da própria base do Pasok ocorreu após o premiê ter dito que pretende convocar um referendo sobre o novo acordo de ajuda financeira da União Europeia à Grécia. Papandreou também defende um voto de confiança para o governo no Parlamento, na sexta-feira. Teoricamente, o Pasok tem 153 das 300 cadeiras.
Esse seria o primeiro referendo a acontecer na Grécia desde 1974 quando a população foi às urnas para decidir se queria a volta da monarquia ou a república após sete anos de ditadura militar. Sob uma lei aprovada apenas no mês passado, um referendo pode ser convocado para decidir questões de grande importância nacional. Muitos, contudo, questionaram hoje o anúncio de Papandreou de convocar um referendo sobre o novo acordo da dívida da Grécia, uma vez que ele não pediu nenhum referendo no ano passado quando a Grécia recebeu o primeiro pacote de socorro.
Uma votação desse tipo permitiria que o Pasok, muito criticado nas greves e movimentos contra as medidas de austeridade, passasse a responsabilidade das medidas para a própria população grega.